16 Mar 2019 18:42
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<h1>Cotas Foram Revolução Silenciosa No Brasil, Admite Especialista</h1>
<p>A chance de ter um diploma de graduação aumentou quase quatro vezes para a população negra nas últimas décadas no Brasil. Após a Medalha do crescimento, os negros ainda não alcançaram o índice de brancos diplomados. O Censo do Ensino Superior construído pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) bem como evidencia o aumento do número de matrículas de estudantes negros em cursos de graduação. Em 2011, do total de oito milhões de matrículas, 11% foram feitas por alunos pretos ou pardos.</p>
<p>“A política de cotas foi a vasto revolução silenciosa implementada no Brasil e que beneficia toda a comunidade. Em 17 anos, quadruplicou o ingresso de negros pela faculdade, povo nenhum no mundo fez isso com o povo negro. Esse modo indica que há transformações reais para a comunidade negra”, comemorou frei David Santos, diretor da Educafro - organização que promove a inclusão de negros e pobres nas universidades através de bolsas de estudo.</p>
<p>“Antes de demonstrar em igualdade racial, devemos pensar em equidade racial, que necessita de políticas diferenciadas. Se a política de cotas não for suficiente, mesmo quando diminua o abismo entre brancos e negros, a gente precisará ter algumas políticas. Não é possível que este povo continue, depois de 130 anos de abolição da escravatura, com essa imensa lacuna entre negros e brancos”, destacou Inocêncio.</p>
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<p>Há quinze anos, o conceito de ações afirmativas para inclusão de negros na educação superior motivou vigoroso debate no meio universitário. Em junho de 2003, decisão tomada na Escola de Brasília (UnB) de apadrinhar o sistema de cotas raciais em seu processo de seleção abriu caminho para uma mudança no paradigma de acesso à instituição, antes fortemente baseado na meritocracia. O Plano de Metas pra Integração Social, Étnica e Racial aprovado pelo Centro de Ensino, Busca e Extensão da UnB previa que 20% das vagas do vestibular seriam reservadas para estudantes negros, de cor preta ou parda.</p>
<p>A política foi adotada através do vestibular de 2004, em todos os cursos oferecidos pela escola. Um dos principais desafios, segundo a professora, foi convencer os veículos de imprensa, a comunidade e a própria academia de que era necessária uma política pública específica pra negros e não para a população necessitado de modo geral.</p>
<p>Mesmo diante dos números de diferença racial pela educação e no mercado de trabalho, questionamentos e dúvidas emergiram, principalmente com ligação à forma de identificação dos negros e ao reconhecimento da dificuldade do racismo. “O Brasil tinha uma ideia de políticas públicas como universalistas, não tinha ideia de políticas regionais, por gênero e raça. Empreenda O Que é Um MBA /p>
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<p>O recorte de renda era o único indicador conhecido como legítimo pra ações pontuais. Uma política de ação afirmativa exclusiva pra população negra brasileira foi colocar o dedo pela ferida, causou um extenso rebuliço”, lembrou Dione, uma das poucas professoras negras da universidade. Novas resistências foram quebradas, como a ideia de que o negro de alta renda não deveria ser beneficiado, de que os cotistas abandonariam a graduação ou que teriam funcionamento inferior aos de alunos não cotistas.</p>